Esta é a minha família. É
de onde eu venho. Éramos cinco irmãos todos pequenos, eu
o mais velho com 10 anos,quando o infortúnio
bateu à nossa porta, levando para
o outro lado meus pais com uma diferença de 3 meses apenas. Ano
de 1947 em Dezembro foi se embora minha mãe e em março de
1948 também se foi meu pai. Insidiosa moléstia a tuberculose
que hoje já tem cura não os poupou. Ficamos todos divididos
cada um em seu canto, vendo-nos raramente. O destino fez com que uns tivessem
ficado em cantos mais afortunados e outros nem tanto. Mas a argamassa que
sempre nos uniu foi muito forte. Um amor cultivado. Hoje somos em 4. A
Mercedes que se tornou professora e também formada em pedagogia
também se foi aos 40 anos. Meu preito de amôr e agradecimento
ao meu segundo pai Attila de Borja Dias
que criou e educou a mim e à minha irmã Mercedes.
Matriarca:
Dulce Ramos Gimenes Guerrero
Origem espanhola - Andaluzia
Parte de trás: Esq->Dir:
Álvaro Leite, José Ramos, Joaquim
da Silva,
Domingos Ramos Gimenes, Rafael Ramos
Gimenes.
Frente: Esq->Dir: Mercedes Ramos G.Leite,
Dina Ramos, DULCE RAMOS GIMENES,(Avó)
Innocência
Ramos Gimenes da Silva, Isolina R.G.Barnabé, Maria
Ramos G.Tadiotto.
Crianças: Esq->Dir:
Leonina Leite, Alzira R.Bigelli, Oraci R. Bigelli, Luiz da Silva
Netto (Eu).
Meu avô, o Luiz Felizardo - Leiria
- Pousos - Portugal
que esteve no Brasil antes de meu pai
em Presidente Wenceslau.
Antes que meu pai viesse para o Brasil em novembro
de 1928, esteve por aqui por uns 2 ou tres anos, o meu avô Luiz Felizardo,
que retornou a Portugal em 9 de julho de 1925. Infelizmente não
conheci meu avô paterno e materno. O materno faleceu antes de eu
nascer. Meu avô paterno era um trabalhador da madeira e do ferro.
Quando estive em Portugal a procura de meus parentes eu não sabia
onde encontrá-los. Fui a igreja da cidade de origem e perguntei
ao padre que me colocou em contacto com um ancião que não
soube informar nada a respeito. Felizmente um único detalhe que
eu havia lido na certidão de nascimento de meu pai, conduziu-me
ao lugar certo. O lugar, o bairro de onde era meu pai chama-se FERREIROS.
Esta palavra foi o meu ABRE-TE-SÉSAMO. Quando eu disse que meu pai
era desse bairro, uma das pessoas disse: "Oh!
Pa!... dissestes os FERREIROS? - Pois, conheço
lá um gajo que conhece todas as famílias.... Se teu pai é
de lá... já a achastes..." - E, efetivamente foi assim que
achei minha família. Se ainda pudesse pairar alguma dúvida,
com tantos Silva em Portugal... esta foi definitivamente desfeita quando
à segunda volta em Leiria - Pousos, foi me apresentada uma foto
que reconheci como sendo a foto de casamento de meus pais. Meu avô
colocou esta placa logo abaixo na rua que morava:
Leiria - Pousos - Portugal: A rua do
meu avô: Rua do Felizardo
Aqui nesta casa à direita - Leiria
- Pousos - Portugal nasceu meu pai - Joaquim da Silva em 23 de Abril
de 1910.
Origem: Leiria
- Portugal - Destino: Brasil
- Data 10 de Novembro de 1928
Um jovem de apenas 18 anos de idade parte
para terras d'além mar, o Brasil. Adeus Portugal que nunca mais
tornará a ver.
A sua saudade deverá ter sido
imensa, já que longe de seu país e familiares, dava nomes
aos seus filhos lembrando os seus familiares - (Rosa, Luís). Não
me recordo de nenhum contato por cartas, talvez para não abrir feridas
jamais cicatrizadas.
Documento brasileiro emitido em
29 de maio de 1940 em Santo Anastácio.
Família Silva em
Portugal
Avelino Silva, Glória, Paula e
o marido Adelino.
Netas de Avelino e Glória: Esq->Dir:
Melissa, Melanie e Sara.
Glória e Dulcínia
Esq -> Dir: Dulcínia, Avelino,
Paula e Adelino, Suzana,
À frente: Ivone
Dinheiro portugues: Moedas de 5,10,20,50,100
e 200 escudos.
Nota de 1000 escudos.
Joaquinzinho expressando a alegria da
musica brasileira, e também a saudade, a nostalgia portuguesa.
Minha mãe Innocência e minha
tia Isolina, mãe do Marcos Barnabé.
As duas em vestimentas escuras: À
esquerda minha mãe Innocência
e à direita minha tia Isolina.
As outras duas pessoas são colegas delas
das quais não tenho registro.
Todos os irmãos: Luiz, Miguel,
Mercedes - (falecida em 1984) - Rosa e Dulce
SAUDADE - AMÔR
- AGRADECIMENTO
O meu segundo pai: Attila
de Borja Dias
Criou a mim e a minha irmã Mercedes,
homem de belíssimo coração e formação
política socialista.
Em São Paulo, acolheu em sua casa
muitas pessoas doentes em busca solução para seus problemas,
que vinham do interior paulista, especialmente
gente de Piquerobi. Era o contador da Serraria Esperança,
que desapareceu no principio da década
de 50.
Filhos de Operários da Serraria:
Fila de trás: Esq->Dir: Leonil Christante, Izabel Moreno
Mais à frente: Esq->Dir: Orivaldo
Christante, Eurico Christante, Hildegard Pfannemuller,
Viltrud Pfannemuller, Hine Pfannemmuller,(?)
Mais à frente: (?)...(?)...(?)
Filhos de Operários da Serraria:
Trás: Esq->Dir: Iracema Raizaro, (?), Orivaldo Raizaro
Frente: Esq->Dir: Luiz (autor desta página),
(?), Wiltrud Pfannemuller, Hine Pfannemuller,
segurando sua irmã menor Hildegard
Pfannemuller
Piquerobi - A minha rua
Rua Guarani - Vista 01
Rua Guarani - Vista 02
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